Neste dia abriu os olhos
E tudo fora do lugar...
Correu para o seu cantinho,
Procurando seus bichinhos,
Sem, no entanto, encontrar.
Sentiu um medo, um vazio.
A todos tentou procurar
Mas suas pernas não atenderam.
O torpor que lhe tomou
Dominou sem cessar.
Quando conseguiu um movimento,
Tentou acelerar;
Mas correr não era possível.
Lentamente o equilíbrio,
Fê-lo então respirar.
Foi que finalmente enxergou
O que se tornou o seu lar:
Pareceu-lhe que um vendaval
Se apossou daquele lugar –
Seu abrigo na “tempestade”,
Porto seguro no meio do mar.
Ninguém em toda casa,
Onde estão? Como perguntar?
Correu em disparada,
Na mente, só confusão,
Seus olhos a marejar.
Pessoas por todo lado,
Todas desconhecidas.
Pareceu-lhe outro mundo.
As ruas, outra “Terra”
As pessoas, outras vidas.
Em meio a essa situação,
Ele viu alguém querido.
Correu em disparada,
Agora com segurança,
Porque viu um rosto amigo.
Seu pai continuou deitado,
Decerto queria descansar...
Que, surpresa, todos juntos!
Seus entes amados:
“Quis a todos abraçar!”
Foi caminhando lentamente e
Com lágrimas que o seu sorriso se desvaneceu:
Descobriu-se assim sozinho no mundo...
Em meio a luta insana,
Cruéis, fizeram uma criança
À família dizer adeus!
Para onde foi a compaixão
E a consciência dos homens?
Terão, em lugar de coração,
Uma pedra cravada no peito?
Teremos esquecido a benção
Da vida dada por Deus?
Guerras e ambições nos dominam,
Estamos perdidos sem rumo,
Abandonamos nosso próprio eu...
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