O tempo goteja sobre minhas mãos.
Eu o retenho,
Ele se acumula,
Mas escapa por entre os meus dedos,
E isso, às vezes, assusta.
O tempo recolhe os meus desejos,
Retém as minhas idéias,
Transforma a minha mente,
Sacode meu coração,
Em investidas insistentes.
Como fugir a sua ação?
Se ele é também um bálsamo,
Que suprime as minhas lágrimas,
Abranda a fúria da vida,
Dissolve nos homens as mágoas?
Como ditar sobre sua vilania?
Se ele, de tão delicado,
Abre os caminhos da maternidade,
Do amor, da sabedoria.
Da luz e da verdade.
Reacende meus ânimos,
Reaviva esperanças perdidas,
Põe um sorriso na minha face,
Injeta-me doses de vida.
O tempo ensina que não há nada de estranho
Em simplesmente viver,
Pois cada minuto que passa
É um ato de renascer.
24 de jan. de 2009
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