...

Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra toda obra Poesia pra

24 de jan. de 2009

E agora?!

Pequenas mãos, pequenos calos
Tocam-nos os braços a procura de abrigo,
Uma migalha de abrigo...
Não lhes damos nem as mãos.

O menino nos pede para comprar uma caneta?
Apenas dissemos que não temos dinheiro, não.
Ele sorri e vai embora.
E muitas vezes num doce sorriso
Se esconde a dor de uma grande tristeza,
De quem não tem a gloriosa realeza
De um simples pedaço de pão.

Criatura do dia e da noite,
Lá se vai o herói infante
Para enfrentar um destino em branco,
Cada vez mais leviano,
Que verte de sua fonte,
Água contaminada de fel.

Ah! espíritos que me ouvem:
Este abrigo, este pão e esta água doce
Só escassa a esses pequeninos,
Quando desviamos nossas vistas,
Receosos da face da vida
Que nos amedronta e nos assusta.

E só conseguimos dizer:
“Valha-me Deus de ver tal cena,
Prefiro coisas mais amenas
Que agradem ao meu coração”.
Viramos e damos às costas.

Pois que mal damos às costas
E atrás fica a tristeza, a angústia e a revolta.
E muitas, inúmeras vezes, um grito medonho
Que finalmente nos toca...
Lá se vai mais uma VIDA... Já é tarde... e agora?!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que eu senti ao ler essa obra?