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24 de jan. de 2009

Os filhos da cidade

Um dia, ao passar por uma praça,
Viu tantos pequenos abandonados,
Dormindo ao relento, à chuva, ao vento.

Seu coração dolorido
Pediu a sua mente
Um passo, uma ação.
Como negar o pedido,
Se os olhos não puderam fechar
A iminência da situação?

Ali a fome e a dor
Vieram de mãos dadas
E acariciaram aquelas cabecinhas,
Num claro gesto de cilada.
Revoltada em coração, mente e olhos,
Não se conteve e trouxe o pão
Para aqueles meninos alegrar.

Para sua surpresa, no entanto,
Não foi bem recebida
E desfez-se de pronto o sorriso.
Percebeu logo em seguida
Que todas as crianças estavam inebriadas
Com as substâncias da morte...
E suas mentes bombardeadas
Com as angústias do dia a dia.

Todas se levantaram
Tendo duas sombras por companhia:
A fome e a dor lideraram-nas,
E indicaram o rumo da ofensiva.
Era correr para salvar a vida!

Não teve tempo, entretanto,
Suficiente para partir.
Desesperada comprimiu o seu peito
E sua garganta ferida.
Então viu que o branco da paz
Virou um feroz vermelho
Na roupa que estava vestida...

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